segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Novos Recordes após Troféu José Finkel 2010

Recordes Sul-Americanos
1) Agustina de Giovanni (argentina) - Unisanta - 200m peito F - 2m26s24 - eliminatórias - 20/09/2010
2) Agustina de Giovanni (argentina) - Unisanta - 200m peito F - 2m26s17 - finais - 21/09/2010
3) Kristel Kobrich (chilena) - Corinthians - 1500m livre F - 15m51s44 - série fraca - 25/09/2010
Recordes Brasileiros e Sul-Americanos
1) 4x50m livre M - Flamengo (Thiago Sickert, Nicholas Santos, Cesar Cielo e Frederico Castro Veloso) - 1m26s52 - série fraca - 20/09/2010
2) 4x50m livre F - Pinheiros (Flavia Delaroli, Daiane Becker, Julyana Kury e Michelle Lenhardt) - 1m40s08 - série forte - 21/09/2010
3) 4x50m livre M - Pinheiros (Bruno Fratus, Fernando Silva, Marcelo Chierighini e André Daudt) - 1m25s86 - série forte - 21/09/2010
4) Cesar Cielo Filho - Flamengo - 46s13 - 100m livre M - semifinais - 24/09/2010
5) Gabriella Silva - Pinheiros - 25s90 - 50m borboleta F - eliminatórias - 24/09/2010
6) Cesar Cielo Filho - Flamengo - 45s87 - 100m livre M - finais - 25/09/2010
7) Gabriella Silva - Pinheiros - 25s72 - 50m borboleta F - semifinais - 25/09/2010
8) 4x100m livre F - Pinheiros (Daiane Becker, Michelle Lenhardt, Julyana Kury e Tatiana Lemos Barbosa) – 3m39s27 - série forte - 25/09/2010
Recorde Brasileiro
1) Poliana Okimoto - Corinthians - 8m27s77 - 800m livre F - séries fracas - 20/09/2010
2) Poliana Okimoto - Corinthians - 16m09s04 - 1500m livre F - séries fracas - 25/09/2010

Cielo quebra recorde novamente


Um dia após bater o recorde sul-americano dos 100m livre na semifinal do Troféu José Finkel, o nadador Cesar Cielo voltou a baixar a marca na decisão da prova neste sábado e conquistou a medalha de ouro após cravar o tempo de 45s87.
Soberano na piscina, Cielo não teve adversários na prova desde a primeira virada para marcar também o recorde da competição. Na semifinal desta sexta-feira, o campeão mundial havia marcado o tempo de 46s13.
A medalha de prata ficou com Nicolas Oliveira, com o tempo de 47s24, que garantiu assim a segunda vaga para o Mundial de Dubai. Nicholas Santos (47s35) faturou o bronze, além de uma vaga no revezamento que competirá nos Emirados Árabes Unidos.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

CAI RECORDE DE GUSTAVO BORGES


Cesar Cielo segue brilhando no Troféu José Finkel. O campeão mundial participou das eliminatórias dos 100 m livre nesta quinta-feira e registrou seu melhor tempo em competições de piscina curta ao obter a marca de 46s62, quebrando o recorde da competição que era de Gustavo Borges e durava 12 anos.
Marcelo Chierighini, do Pinheiros, foi o segundo mais rápido das eliminatórias com o tempo de 47s41. Já Nicolas Oliveira, recordista sul-americano da distância, ficou em terceiro com 47s82.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Cielo volta a melhorar tempo e fatura ouro com novo recorde pessoal nos 50 m


O brasileiro Cesar Cielo mais uma vez bateu seu recorde pessoal nos 50 m livre em piscina curta. Nesta quarta-feira, pelo Troféu José Finkel, realizado no parque aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro, ele conquistou a medalha de ouro na prova com o tempo de 20s80, que é também a melhor marca da temporada.
Cielo mostrou evolução desde a segunda-feira, quando nadou as eliminatórias dos 50 m livre. No primeiro dia, ele igualou os 21s44 de Fernando Scherer, recorde da competição que durava 12 anos. Na terça, na semifinal, ele cravou 21s00, ultrapassando a marca e ainda anotando o melhor tempo da temporada em piscina curta.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

ADAPTAÇÕES AO TREINAMENTO COM CARGAS RESISTIDAS DURANTE O NADO

As capacidades físicas mais importantes para o nadador são, a velocidade e a resistência para percorrer distâncias, por sua vez, estas estão ligadas ao desenvolvimento da força. O treinamento de força em nadadores à partir dos anos cinqüenta, tornou-se fundamental para a realização de melhores performances, fato este que permitiu a utilização de métodos de treinamento específicos e inespecíficos para o desenvolvimento desta capacidade física na esfera da natação.

A força de um modo geral é talvez o fator mais determinante relacionado à capacidade em questão e que tal afirmação se deve a realização de pesquisas que constataram a existência de uma relação significativa entre o aumento da força e um aumento subseqüente da velocidade em muitos esportes.
A evidencia que um nadador pode gerar força adequada para a produção de altas velocidades que subseqüente aumenta a velocidade que são limitadas pela condição de arrasto do nadador.
A resistência pode melhorar com o treinamento de força. Uma provável explicação para esse aumento foi o aumento da hipertrofia muscular e da força devido a alterações no metabolismo protéico. O treino de resistência com os treino de natação aumentaram a síntese protéica em nadadoras.
O treinamento aquático pode resultar em aumento da isometria máxima e do torque isocinético. Essas melhorar devem em conta a ativação neural e com o aumenta da massa muscular. De acordo com vários estudos, treinando que combinou ações excêntrico / concêntrico parece resultar em maiores ganhos em força e potência e em massa de músculo quando comparado ao treinamento concêntrico apenas.
Como o exercício físico intenso pode infligir danos mecânicos e físicos aos tecidos, o desenvolvimento de treinamentos e técnicas específicas que possam minimizar a ação dos radicais livres e, conseqüentemente, melhorar o desempenho do atleta, tem sido de grande interesse.
O treinamento de exercícios contra resistência faz com que ocorra aumento de força e hipertrofia muscular, e esta é semelhante em indivíduos de diferentes faixas etárias. A hipertrofia contribui em menos de 30% para os ganhos de força muscular, a maior contribuição é devido a fatores neurais.
De acordo com os estudos, os métodos de treinamento inespecíficos (fora d’água), não reproduzem a ação motora específica, por isso, não têm uma influência positiva na performance da natação. Já os métodos de treinamento aplicados de forma específica (dentro d’água), que tem por objetivo enfatizar a força especial do nadador, são mais úteis e podem ser usados com sucesso.
O ganho da força adquirida através do treinamento inespecífico também não se transferiu de forma positiva para a velocidade de nadadores colegiais, pelo fato de não ser respeitado o princípio da especificidade.
A melhoria da força é específica do tipo de treinamento utilizado, bem como da velocidade dos movimentos empregados nesse treinamento. Segundo ele para que os ganhos de força influenciem de forma significativa a performance, os exercícios devem ser similares à mecânica do estilo, assim como a velocidade e a freqüência de braçadas utilizadas na competição.
Os métodos de validação de força, devam também ser aplicados de forma específica, assim como os métodos de treinamento, respeitando-se a especificidade da atividade em questão.
Em termos percentuais, é importante observar que onde o crescimento da força é mais acentuado, o crescimento da velocidade também se comporta da mesma forma. Este fato talvez possa ser explicado, onde colocam que um aumento da força vem sempre acompanhado de um aumento da velocidade.
Os níveis de força apresentaram uma correlação significativa com a idade dos nadadores, ou seja, em idades mais avançadas verificou-se maiores valores de força. Os homens apresentaram valores maiores quanto à força e velocidade em relação às mulheres, independentemente da idade. A evolução dos níveis da força foi maior na categoria Júnior 1 (15-16 anos) tanto para homens quanto para mulheres. Com isso pode-se supor, que esta seja a faixa etária mais sensível a treinabilidade da força. Os homens foram mais coordenados quanto à mobilização de força em relação às mulheres, por isso conseguem um melhor aproveitamento da força total. Mas por outro lado observa-se que os mesmos também apresentaram deficiência nessa coordenação.
É inquestionável a importância do metabolismo anaeróbico para os velocistas porque suas velocidades não podem ser mantidas sem elevadas taxas de glicólise. Lembramos que o período no qual os atletas podem manter taxas elevadas de metabolismo anaeróbico fica limitado pela quantidade de lactato que pode acumular antes que ocorra a acidose, diz que a força é um indicador da performance e que as mulheres são mais capazes que os homens para manter uma velocidade alta durante maior tempo nas distâncias a serem percorridas.
Nadadoras podem suportar fadiga melhor que os homens. A explicação para isso é 1) que os homens tem menos características fisiológicas a suportar a fadiga, ou 2) as mulheres são mais eficientes na natação que os homens. A segunda opção é a melhor explicação. O estudo concluiu que as nadadoras são mais eficiente que os homens por causa da alta distribuição da gordura corporal na região do quadril e pernas que permitira as mulheres uma melhor alinhamento hidrodinâmico e assim um melhor gasto energético. A força física é uma quantidade natural em homens do que nas mulheres, e isso é um importante componente na ordem da geração adequada da força para nadadores velozes. É possível que mulheres tenham maiores melhoras que os homens por causa das melhoras na condição de aplicação da força. Também é possível que as melhoras na desenho nas roupas de natação tem impactado mais nas nadadoras do que nos nadadores.
O metabolismo anaeróbico desempenha três papéis na melhora da velocidade. Os três juntos, freqüentemente referem-se à capacidade anaeróbica. O primeiro diz respeito à velocidade de produção do lactato nos músculos. Quando a velocidade sofre um aumento em decorrência do treinamento, o ATP pode ser reciclado mais rapidamente pela glicólise, fazendo com que haja mais energia disponível para contração muscular. Como resultado final, os nadadores podem manter uma velocidade de tiro próxima do máximo durante vários segundos, mais depois que suas reservas de fosfato de creatina (CP) praticamente se exaurirem nos primeiros cinco a dez segundos de uma prova.
O segundo consiste em reduzir o efeito do acúmulo de lactato no pH muscular, de modo que os nadadores possam utilizar a energia derivada do metabolismo anaeróbico para nadar mais rápido e pôr um período mais prolongado antes que ocorra a acidose. Este processo é conhecido como tamponamento. Os tampões são substâncias químicas que convertem o lactato (um ácido forte) num ácido mais fraco que não reduz tanto o pH muscular. Isso faz com que o nadador possa reciclar mais ATP pôr meio de metabolismo anaeróbico antes que a acidose se torne severa.
O terceiro é o aumento da tolerância do atleta à dor. Essa função permite que o atleta persista em atingir seu limite fisiológico não refreando sua velocidade cedo de mais. As mesmas repetições podem ser utilizadas no treinamento da capacidade de tamponamento e de tolerância à dor. As distâncias das repetições devem, porém, ser ajustadas em certo grau para que se consiga uma melhora da taxa do metabolismo anaeróbico. Os três papéis do metabolismo anaeróbico estão relacionados a seguir:

1 – Aumentar a velocidade de produção de lactato;
2 – Melhorar a capacidade de tamponamento;
3 – Melhorar a tolerância à dor.

Os nadadores bem treinados podem nadar em intensidades mais altas antes do aparecimento da acumulação do lactato e quanto maior a intensidade do trabalho, melhor para o aperfeiçoamento da capacidade anaeróbica alática e lática. Tais fontes anaeróbicas láticas, constituem a forma principal do sistema energético nas distâncias de 100 e 200 metros e tem importante papel na distância de 400 metros.
A velocidade de remoção do lactato sanguíneo é dependente de muitos fatores, entre os quais: intensidade do exercício empregado antes e durante a recuperação; tipo de exercício realizado durante a recuperação; tipo de fibra muscular e método utilizado para a determinação do meio tempo (t ½) de remoção do lactato sanguíneo.
A atividade muscular intensa freqüentemente resulta na produção e acúmulo de lactato sanguíneo e hidrogênio (H+). Esses componentes podem comprometer o metabolismo energético e reduzir a força contrátil do músculo.
A utilização de exercícios de alta intensidade para aumentar a capacidade de tamponamento muscular, sendo a fosfocreatina a enzima mais importante que atua no tamponamento temporário para manter a concentração celular de ATP e a relação ATP: ADP, embora não se tenha acessado estudos científicos desenvolvidos especificamente para sustentar efetivamente essa afirmação. Mesmo assim, os melhores desempenhos em exercícios intensos estão associados a níveis mais altos de lactato sanguíneo, provando que o treinamento com exercício máximo e de curta duração aprimora a capacidade de gerar energia através do sistema glicolítico. Assim sendo, o acúmulo de lactato no sangue depende do equilíbrio entre a produção de lactato pelo músculo em atividade e a sua remoção pelo fígado ou por outros tecidos. Como a fadiga está associada a altos níveis de lactato no sangue e nos músculos.
O treinamento de tolerância ao lactato funciona principalmente pôr do aumento da capacidade de tamponamento nos músculos e no sangue e pela tolerância à dor causada pela acidose. Os tampões reagem com o lactato, enfraquecendo-o mediante a redução do número de íons hidrogênio que contém. Dessa forma, é diminuído o efeito do lactato no pH muscular. Em outras palavras, a quantidade de lactato que se acumula não produz o mesmo grau de acidose que normalmente ocorreria. Quando a capacidade de tamponamento melhora, os nadadores tornam-se capazes de manter pôr mais tempo uma velocidade rápida de produção de lactato, antes que um declínio do pH reduza essa velocidade, fazendo com que eles diminuam sua velocidade.
As repetições visando à tolerância ao lactato devem ser praticadas pelo atleta nadando com muita rapidez e ser suficientemente demoradas para que ocorra uma acidose severa. A acidose deve proporcionar um estímulo necessário para que sejam aumentados os tampões musculares e sangüíneos. Certamente, à dor associada à acidose também deve fornecer o estímulo necessário para a melhora da tolerância a essa dor.
Quase todo o excesso de lactato muscular gerado durante o metabolismo anaeróbio é tamponado no sangue pelo bicarbonato de sódio.
Sempre que a concentração de H+ começa a aumentar, seja pelo acúmulo de dióxido de carbono, ou de lactato sanguíneo, o íon bicarbonato pode tamponar o H+ para prevenir a acidose. Entende-se que a produção de lactato no músculo esquelético, medido na forma de concentração de lactato na corrente sangüínea, é causada pela insuficiência de oxigênio durante a contração muscular.
Em exercícios que exigem um recrutamento rápido das fibras musculares, como ocorre naqueles com predominância anaeróbia, a incapacidade em manter potenciais de ação em altas freqüências constitui um importante fator desencadeador da fadiga. A manutenção desse potencial depende da capacidade em recapturar os íons de potássio (K+) para dentro da célula e em expelir os íons de sódio (Na+), a fim de repolarizar a membrana sarcoplasmático e permitir a entrada de um novo impulso elétrico. Com uma redução na freqüência de despolarização da membrana, ocorre uma diminuição da ativação dos receptores sensíveis à voltagem (receptores dihidropiridínicos), com conseqüente redução da liberação de Ca2+ das cisternas do retículo sarcoplasmático. Essas alterações acabam prejudicando o processo de contração muscular.
Outro ponto bastante discutido refere-se ao envolvimento da hidrólise da fosfocreatina no processo de fadiga. Sucintamente, alguns segundos após o início do exercício, o ATP começa a ser ressintetizado a partir da hidrólise da CP, formando creatina + fosfato inorgânico (CP ’! Cr + Pi). Grande parte da ressíntese de ATP no início do exercício deve-se a esse processo, sendo constatada diminuição significativa da concentração muscular de CP em exercícios com duração entre 30 e 60 segundos, chegando a aproximar-se de 20% dos valores de repouso. Uma concentração relativamente baixa de PC induziria uma ressíntese de ATP menores e mais lentas, diminuindo inevitavelmente a intensidade do exercício realizado.
Alguns estudos, porém, sustentam apenas uma ligação indireta entre fadiga e a diminuição das concentrações de CP. O mecanismo mais provável parece estar relacionado com o acúmulo de ADP durante o processo de contração muscular, ocasionado indiretamente pela depleção de CP e conseqüente diminuição na velocidade de ressíntese de ATP. O aumento das concentrações deste nucleotídeo dificulta o “desprendimento” da cabeça da miosina dos sítios ativos da actina e, conseqüentemente, diminui a velocidade de contração. O aumento acentuado nas concentrações de H+ é devido, ao menos em parte, pela depleção de CP, visto sua importante ação como agente tamponante na reação: ADP + CP + H+  ATP + Cr.
Mecanismos fisiológicos alternativos são acionados a fim de evitar o acúmulo de ADP. Caso a velocidade de ressíntese de ATP seja inferior à demanda, duas moléculas de ADP podem auxiliar na reposição, a partir da seguinte reação: ADP + ADP ’! ATP + AMP. Posteriormente, AMP (adenosina monofosfato) pode sofrer deaminação e formar inosinamonofosfato (IMP) e amônia (NH3), sendo considerado o principal sistema para o catabolismo de adenina nucleotídeo no músculo esquelético. Esse mecanismo pode retardar o aumento de ADP por alguns segundos, prolongando o tempo de exercício.
Em condições de baixo pH, como nas encontradas em situações de fadiga, a forma diprotonada aumenta significativamente e apresenta forte associação com a diminuição da força muscular.
A maior parte do H+ gerado no exercício deriva da degradação do ATP (ADP + Pi + H+), e que a produção de lactato é capaz de retardar a fadiga, ao invés de induzi-la. Assim, o aumento do lactato previne o acúmulo de piruvato e libera NAD+ para dar continuidade a glicólise, mantendo a regeneração do ATP na mesma velocidade da degradação. A regeneração do ATP pela via glicolítica evita a liberação excessiva de H+. Dados de alguns trabalhos corroboram com esse modelo, principalmente porque alguns autores não observaram relação de causa e efeito entre aumento das concentrações de lactato e fadiga muscular.
Os níveis de lactato sangüíneo são um parâmetro do estado adaptativo ao exercício físico. Observamos valores elevados de lactato, mesmo após o término do exercício. A elevação ocorre porque o lactato irá se acumulando no sangue até que a taxa de metabolismo aeróbio e a velocidade de remoção do lactato sejam compatíveis com a demanda de energia.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

PORQUE A DOR APOS TREINO

Quem já não sentiu dor depois de fazer exercícios, principalmente quando se inicia uma atividade física? A dor é inevitável tanto para iniciantes como para atletas, mas o importante é saber até que ponto ela é considerada normal ou se está se tornando maléfica.
Se você é iniciante, se está sem praticar exercícios há muito tempo, qualquer atividade irá causar dores musculares no dia seguinte podendo se prolongar até mais dois dias. Isto porque o organismo precisa de um tempo para se adaptar a novos esforços.
No sistema muscular, irá ocorrer microrrupturas nos grupos musculares solicitados durante o exercício e acúmulo de ácido láctico, gerando no organismo um processo de defesa que leva a um processo inflamatório. Além da parte muscular, você também irá sentir novas adaptações em outros sistemas como o metabólico, o cardiovascular, etc.
Se você fizer o mesmo treino por um determinado período (em média de 2 a 3 meses) o seu organismo irá se adaptar a intensidade do exercício feito e esta dor irá desaparecer aos poucos.
Mas sempre que você fizer exercícios físicos ou atividades físicas diferentes ou aumentar a intensidade dos exercícios que já está fazendo ou ainda ficar um tempo sem fazer os exercícios e voltar aos mesmos proporcionando novos estímulos ao corpo, esta dor aparecerá.
Os treinos mais intensos darão maior probabilidade a que isto aconteça, por isso os atletas também aprendem a conviver com a dor e evitar lesões. Não é que seja preciso sentir dor para fazer exercícios, e que estes surtam efeito, aliás, se você sente dor durante o exercício é sinal de que está forçando além do que deve ou que já é hora de parar e diminuir o ritmo ou a intensidade do exercício.
Agora tudo depende do seu objetivo. Se você quer melhorar a sua performance, aumentar a massa muscular e melhorar o seu condicionamento cardiorespiratório deverá trabalhar com limites e treinos mais intensos podendo causar estas dores musculares nos dias seguintes ao exercício executado.
Se você treinou e sentiu dor no dia seguinte, procure treinar outros grupos musculares ou fazer atividades com menor intensidade para não piorar a situação. Por isso é muito importante fazer uma avaliação física antes de iniciar os exercícios e conhecer exatamente o seu nível de condicionamento, trabalhando de forma adequada com a intensidade certa que possa lhe proporcionar melhora no rendimento sem causar lesões, respeitando o seu limite.
Fazer compressas de gelo, que é um processo antiinflamatório, pode ajudar a diminuir a inflamação nos músculos. Faça pelo menos 2x por dia por 10 minutos.
Algumas pessoas precisam tomar um antiinflamatório, mas nestes casos é essencial que um médico faça a prescrição do melhor medicamento para você.
Não esqueça de fazer muito alongamento antes e depois dos exercícios, pois estes também ajudam a relaxar a musculatura depois do esforço.
Respeite o período de repouso não treinando o mesmo grupo muscular em dias seguidos ou alternando atividades intensas com atividades moderadas em dias seguidos.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

TEMPO DE REACÃO DO BLOCO DE PARTIDA E SUA RELACÃO HOMEM X MULHER

A saída do bloco é um fator importante para natação, diversos estudos compravam que, apesar de breve, a saída é fundamental para um bom desempenho em competições. O nadador com a melhor saída tem duas vantagens: (1) o fator psicológico de estar na frente na prova; e (2) o fator de estar nadando em águas mais calmas, o que aumenta a eficácia da braçada. A saída compreende a 11% do tempo total da prova dos 50 metros livre, sendo que a porcentagem do tempo total prova corresponde à saída, diminui à medida que se aumenta à distância percorrida.

Diversos estudos abordam a análise de variáveis intervenientes na saída do bloco: tempo de reação, de impulsão e de bloco; força vertical, horizontal e resultante; ângulo de saída do bloco e de entrada na água; distância de vôo, etc. Procuraram analisar as variáveis da saída do bloco: tempo de bloco (TB), Pico Máximo de Força Vertical (PMv) e Pico Máximo de Força Horizontal (PMh), Ângulo de saída do bloco (AS), Ângulo de entrada na água (AE) e Distância de vôo (DV). O comportamento de cada variável investigada no estudo, quando da utilização de diferentes técnicas de saída - agarre e atletismo (track start), e da realização de diferentes nados - livre, borboleta e peito, é discutido em seguida.

No ultimo pan pacifico que aconteceu nos Estados Unidos chegamos ao seguintes valores:

Concluiu-se que os homens são em media 5,4% mais rápidos que as mulheres. Foi observado também que quanto mais curta a distancia, maior é a velocidade que os nadadores saem do bloco de partida. Alem disso os nadadores do nado costas foram os que apresentaram o tempo de reação mais rapido tanto para o masculino quanto para o feminino.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

CARACTÉRISTICAS FISIOLÓGICAS NAS PROVAS DE NATAÇÃO

Na natação a prova de 50 metros livre (crawl) é a mais rápida. Os recordes mundiais estão entre 20 e 21 segundos nos homens e nas mulheres entre 23 e 24 segundos. Pelas características de duração observou-se que a prova de 50 metros crawl é predominantemente anaeróbio. O sistema anaeróbio é caracterizado por movimentos intensos e de curta duração, sendo que por sua vez tira energia através do sistema ATP-CP e da quebra do glicogênio.
"O sistema de energia ATP-PCr é responsável por 80% da energia produzida durante os 50 metros, e 25% da energia produzida durante os 100 metros”.
Em relação à velocidade de contração foram caracterizadas histoquimicamente, funcionalmente e bioquimicamente três categorias básicas de fibras musculares em mamíferos: fibras de contração lenta, oxidativas (Tipo I); fibras de contração rápida, oxidativas e glicogenolíticas (Tipo IIa) e as mais encontradas em nadadores velocistas são as fibras de contração rápida, glicogenolíticas (Tipo IIb), cada uma delas adaptada para realizar diferentes funções motoras. 
As fibras do tipo II apresentam uma contração rápida, breve e intensa. São ricas em glicogênio. Este tipo de fibras pode ser subdividido em outros dois subgrupos, com propriedades metabólicas diferentes. São recrutadas de uma forma dependente de intensidade, da IIa para a IIb, respectivamente. As fibras IIa tem uma contração rápida, aliada a uma boa resistência à fadiga. Elas utilizam preferencialmente a glicólise aeróbica (com talvez um volume mitocondrial idêntico ao das fibras do tipo I). As fibras IIb tem uma capacidade oxidativa baixa. São recrutadas em esforços máximos e utilizam preferencialmente a glicólise anaeróbica, com alta produção de lactato. Apresentam baixa resistência à fadiga (Ilustração 1).

Ilustração 1 Proporção das fibras CR (1) e CL (2) na área de secção transversal do músculo esquelético de nadadores de acordo com a extensão da distância competitiva

As provas de velocidade na natação (50 e 100 metros), requerem uma grande participação da força máxima e força rápida. Quanto mais curta for à distância a ser nadada, mais importante será a força máxima e rápida. Já nas provas de meio fundo e fundo (200, 400, 800, e 1500 metros), há um aumento da mobilização da resistência de força em detrimento à força máxima e a força rápida e quanto mais longa à distância, mais importante será à força de resistência para o êxito do nadador.

A prova de 400 metros livre (crawl) tem como predominância o sistema aeróbio. Os recordes mundiais estão entre 3’34 e 3’40 nos homens e nas mulheres estão 3’56 e 4’02. LAFFITE et al. (2004) mostrou que o metabolismo anaeróbio contribuiu 45.5% de energia usada no primeiro 100 metros da prova de 400 metros e que isso caiu durante o segundo e terceiro 100 metros e subindo para 18.3% no ultimo 100 metros (Ilustração 2).

Ilustração 2 Estimativa da contribuição do metabolismo aeróbio e anaeróbio durante cada 100 metros na prova de 400 metros

Como mostrado na ILUSTRAÇÃO 2, nota-se que existe uma variação grande no metabolismo energético na prova de 400 metros e que em média o sistema aeróbio contribui com 81.1% contra certa de 18.9% do sistema anaeróbio no desempenho final.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Cielo vence em dobradinha brasileira nos 50 m borboleta do Pan-Pacífico

O nadador brasileiro Cesar Cielo conquistou nesta quarta-feira a medalha de ouro nos 50 m borboleta do Pan-Pacífico de Irvine na Califórnia em uma prova que teve dobradinha brasileira, com Nicholas Santos na segunda colocação. Cielo ainda garantiu o recorde da prova com 23s03.
Nicholas Santos completou a prova com o tempo de 23s33 para ficar com a medalha de prata, à frente do sul-africano Ronald Schoeman, que ficou com a terceira colocação ao completar a disputa em 23s39.
Na prova feminina dos 50 m borboleta, a brasileira Gabriella Silva ficou em quinto lugar com o tempo de 26s52. A prova foi vencida pela australiana Marieke Guehrer, que completou em 25s99, seguida da compatriota Emily Seebohm, com 26s08, e a norte-americana Christine Magnuson, com 26s33.

A CAPACIDAE FUNCIONAL FISIOLÓGICA E SUA INFLUÊNCIAM O DESEMPENHO NAS PROVAS DA NATAÇÃO

A capacidade funcional fisiológica é definida como a condição para a performance das tarefas físicas diárias da vida e a facilidade com que essas tarefas podem ser executadas, sabemos que isso diminui com o avançar da idade mesmo em adultos saudáveis. O declínio da capacidade funcional fisiológica com o avançar da idade é atribuído no coletivo com a redução do cardiovascular, respiratório, metabólico, e funções neuromuscular.
Entre essas reduções com o avançar da idade podemos citar a potencia anaeróbia que é o fator determinante nas provas de 50 metros e o consumo máximo de oxigênio que contribui para o sucesso nas provas de longa duração.
Fatores fisiológicos como a capacidade do organismo em suportar a lactose intramuscular, recrutamento de fibras do tipo II, atividade das enzimas, concentração dos substratos (ATP,CP, glicogênio), grau de mobilização dos substratos (adrenalina e noradrenalina) são outros que podem determinar o desempenho. O metabolismo anaeróbico em músculos esqueléticos ativos ocorre quando a demanda de energia excede a taxa de suprimento por meio de metabolismo aeróbico. Isto ocorre mais freqüentemente no início do exercício e durante períodos de alta intensidade. O produto final metabólico da glicólise anaeróbica é o lactato e a mensuração de seu acúmulo no sangue é, muitas vezes, usada como um indicador da quantidade de metabolismo anaeróbico que ocorreu durante o exercício. O lactato dissocia-se em íons de hidrogênio, aumentando a acidez das células musculares e do sangue, causando hiperventilação e, em altos níveis, a fadiga. Sendo que a fadiga pouco influência as provas de velocidades e é um fator importante nas provas de longa distancia.
Os gastos energéticos, medidos pelo consumo de oxigênio aumentam linearmente em função da velocidade, apesar do fato da resistência ao movimento através da água aumentar com o quadrado da velocidade. Há grandes diferenças no custo energético dependendo do estilo do nado e do nível de habilidade do nadador. Essas diferenças tornam difícil a previsão do gasto energético da natação, mas, de forma geral, o custo em energia da natação de uma dada distância é de aproximadamente quatro vezes o custo da corrida da mesma distância.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Motivos de início e abandono da prática esportiva

O crescimento do esporte se faz cada vez mais presente dentro de um contexto socioeconômico mundial e as interações entre os aspectos que tangem o esporte, como técnico, tático, físico e psicológico, ganham mais importância no pensamento de treinadores e demais profissionais envolvidos. Trabalhar estes aspectos da forma mais equilibrada possível torna-se um fator fundamental para que o máximo rendimento dos atletas seja alcançado com sucesso.
Desde o início dos anos 1970, estudos têm sido realizados para tentar identificar os principais aspectos que levam um individuo a começar e permanecer em uma prática esportiva. A necessidade da realização desses estudos tornou-se maior à medida que os profissionais envolvidos com equipes esportivas ou praticas de atividade física começaram a criar programas de treinamento que pudessem suprir os motivos pelos quais os
indivíduos tinham se iniciado nestas práticas.
Os motivos que levam jovens a praticar, permanecer, modificar e abandonar o esporte são objetos de investigações na área de Educação Física e da Psicologia do Esporte e os estudos indicam diferenças entre os motivos que levam as pessoas a praticar e a abandonar esportes coletivos ou individuais.
De uma forma geral, os principais motivos que levam um indivíduo a se iniciar em uma prática esportiva são:
diversão, ocupação do tempo livre, auto-superação e entrar em forma. Em relação ao abandono, os motivos que mais se destacam são: pressão dos pais ou treinadores, lesões e excesso de responsabilidades com as competições. O treinamento excessivo é outro fator que pode levar os praticantes de atividades físicas a abandonar ou mudar a prática.
Diferenças quanto ao sexo, tipo de esporte (individual ou coletivo) e idade, relacionadas ao início e abandono da prática esportiva foram encontradas em alguns estudos, mostrando como essas variáveis podem ser importantes no processo motivacional da prática esportiva. No entanto, alguns autores têm assinalado a falta de uma visão global em estudos de motivação no contexto esportivo, entendendo a mesma como uma forma de análise para todo o processo de prática esportiva desde seu começo até seu abandono. Vários estudos mostram, ainda, diversas diferenças relacionadas aos motivos que influem na adesão (e manutenção) a programas de treinamento e atividades físicas, ligando esses motivos a formas de estimulações psicofísicas apropriadas para determinado momento da vida esportiva. Desta forma, levar em consideração nível e tempo de prática, idade, sexo e condições sócio-culturais, torna-se importante para que a prática esportiva seja continuada e o abandono precoce evitado.

domingo, 15 de agosto de 2010

Bousquet vence Europeu e volta a superar 'recorde' de Cielo pós-supermaiôs

O francês Frederick Bousquet ganhou a medalha de ouro neste domingo na prova dos 50 m livre do Europeu de natação, disputado em Budapeste, na Hungria. Com o tempo de 21s49, ele anotou a segunda melhor marca do ano e voltou a superar os 21s55 de Cesar Cielo, que até então era o recordista da prova na era pós-supermaiôs.
Nas eliminatórias de sábado, Bousquet já havia anotado 21s36, a melhor marca do ano nos 50 m livre, e a melhor da história sem o auxílio de trajes tecnológicos. Quando Cielo cravou seus 21s55 em Paris no mês de junho, ele tinha superado o melhor tempo do russo Alexander Popov, que é de 21s64.

Frequência de braçada e distância percorrida por braçada na natação

A técnica é um dos elementos que influenciam na performance. Como parâmetros de técnica usamos a frequência de braçada e comprimento e braçada, alem do índice de braçada. Em todos os estilos de braçadas, usados na natação, as características da braçada do nadador podem ser facilmente medidas através da freqüência de braçada e da distância percorrida por braçada. A velocidade média (Vm) é o produto da Frequência de braçada com a distância percorrida por braçada. Essas características e suas relações básicas têm sido estudadas principalmente em nadadores habilidosos. A variação na velocidade ocorre pela combinação de aumentos e/ou diminuições na Frequência de braçada  e distância percorrida por braçada. A relação entre Frequência de braçada  e distância percorrida por braçada é tal, que valores máximos ou mínimos de qualquer dessas variáveis irão gerar tempos mais lentos, entretanto, as velocidades máximas resultam de uma combinação ideal entre elas. Tem sido mostrado, na literatura, que esses índices são de grande utilidade para detectar alterações decorrentes do treinamento aeróbico, como indicador da eficiência propulsiva e melhora da habilidade técnica. Esses fatos conduziram à procura de procedimentos e indicadores simplificados, que fossem significativamente correlacionados com o nível de adequação mecânica da técnica de nado. Um desses indicadores, o índice de braçada, é o produto da multiplicação entre a Velocidade media de nado e a Dbr. Este índice tem grande utilidade para medir a habilidade técnica do nadador e apresenta a vantagem de neutralizar o efeito da velocidade. Assume-se que, quanto mais elevado for o IB, mais adequada, mecânicamente, será a técnica utilizada, e o nadador que apresentar para uma mesma velocidade de deslocamento uma maior Dbr e, consequentemente, menor Fbr, será mais eficiente.
Em pesquisa feita com 16 atletas chegaram aos seguintes números:

Percebe-se que a frequência de braçada (roxo) e a distancia por braçada percorrida (vermelho) são linhas que invertem suas posicões de acordo com o aumento da metragem. A frenquencia de braçada diminui conforme a metragem aumenta e a distancia por braçada percorrida aumenta com as provas mais longas. Com base nesses dados devemos ajustar a técnica de acordo com a especialidade de cada atleta.

sábado, 14 de agosto de 2010

A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO E CONTROLO DO TREINO

O processo de controlo, avaliação e aconselhamento do treino, ao qual geralmente é atribuida a designação simplista de controlo do treino, tem vindo a ser considerado como um aspecto fundamental na planificação de qualquer desporto, constituindo desde há alguns anos, uma tarefa primordial do processo de treino em puro desportiva.

O que é o controle de treinamento e pra que serve?


O controle de treinamento foi definido como sendo o complexo de tarefas inerentes à avaliação do estado de desenvolvimento dos pressupostos de rendimento desportivo e, portanto, também do resultado e adequação dos exercícios e programas de treino. Controle de treinamento consiste na arte de observar, medir e aconselhar o atleta para que obtenha maior eficácia.
Assim, o objectivo primordial dos especialistas em avaliação desportiva é criar, para cada individuo qualquer que seja a sua idade e nível de prática, meios de avaliar as suas capacidades motoras, de forma a melhor as conhecer e melhor gerir o seu "capital motor".  É mais especifico, dividindo o controle de treinamento em duas actividades inseparáveis: o controlo das cargas de treino e o controlo da evolução, salientando que nenhum deles tem significado sem o outro.

Um observador atento e integrado no âmbito do processo de treino em puro desporto pode facilmente constatar que, principalmente nas duas últimas decadas, os resultados desportivos têm vindo a evoluir devido, especialmente, ao aumento de número de horas diárias e de unidades de treino semanais destinadas à preparação desportiva. Desta forma, a evolução dos resultados desportivos nos últimos anos decorreu, sobretudo, de um apreciável aumento do volume de treino, especialmente nas modalidades cíclicas e fechadas. Esta tendência parece ter prevalecido até aos nossos dias, uma vez que, apesar dos esforços, os treinadores parecem continuar a preferir realizar o aumento das cargas de treino utilizando, sobretudo, o volume em detrimento do uso da intensidade. No entanto, a perseguição de maiores volumes de treino dá azo, frequentemente, a um excessivo efeito cumulativo das cargas decorrente de uma recuperação insuficiente, o que por sua vez se repercute no desrespeito de um dos principios fundamentais do treino: o principio da alternância entre a carga e a recuperação. O desrespeito desta lei do treino desportivo poderá revestir contornos de grande gravidade que poderão ir desde estados de sobretreino até ao abandono da
modalidade. Por outro lado, a perseguição do volume num quadro de uma recuperação constrangida, tem de ser realizada em detrimento da intensidade, obrigando muitas vezes os nadadores a realizarem treinos de longa duração a velocidades marcadamente inferiores às utilizadas em competição. Sabendo-se que a maioria das provas de natação tem uma duração inferior a 2 min e requerem esforços marcadamente anaeróbios.
Neste contexto, a única solução possível para o problema parece ser o aumento da eficiência do treino. Para tal, urge dispor de mecanismos concretos e objectivos que traduzam o estado de preparação desportiva do atleta; por conseguinte, vários testes foram criados com o intuito de fornecer informações concretas acerca do estado de forma de nadadores e consequente aconselhamento do treino.
Em resumo, podemos referir que a avaliação e o controlo do treino constitui, hoje em dia, uma tarefa fundamental do processo de treino, possibilitando a treinadores e equipas técnicas:
(i) detectar sujeitos com um potencial acrescido;
(ii) orientar os jovens para as actividades que se melhor adequam às suas capacidades;
(iii) conhecer o estado actual de treino e desenvolvimento do atleta;
(iv) avaliar os efeitos do treino;
(v) conhecer as vantagens e as dificuldades do atleta em relação à referida modalidade;
(vi) recolher informações sobre o estado de saúde do atleta;
(vii) objectivar, confirmando ou não, as impressões subjectivas resultantes da observação contínua do atleta;
(viii) verificar a adequação do planeamento do treino;
(ix) verificar, pontualmente, o melhor ou pior desenvolvimento de uma capacidade particular;
(x) seguir longitudinalmente os progressos ligados ao processo de treino;
(xi) detectar eventuais falhas e insuficiencias no processo de treino e validar novos procedimentos;
(xii) realizar o perfil das principais capacidades do nadador;
(xiii) prognosticar o desempenho desportivo futuro.

Por outro lado, a avaliação e o controlo do treino podem contribuir para:
(i) melhor comprender o seu corpo e os requesitos da modalidade;
(ii) aumentar os seus níveis motivacionais, nomeadamente por sentir que outros agentes estão empenhados em contribuir para a sua evolução;
(iii) definir a sua participação activa e contextualizada no processo de treino, compreendendo a "razão das coisas".

Fatores determinantes na performance

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Velocidade vs Esforço

Natação é um esporte simples. Salta, nada de uma extremidade a outra antes de qualquer um.
Em uma analise básica, é um esporte de velocidade. Velocidade é o elemento crucial no esporte. O nadador que nada mais rápido, vence a competição.
Mas isso é uma realidade simples? Nos sabemos quando fazemos a analise biomecânica em campeonatos com os melhores nadadores do mundo, o mais rápido nunca vence. As vezes o nadador mais rápido (aquele que atinge a velocidade mais alta) perde a prova porque tem habilidades inferiores como saídas, viradas e chegadas. Nos sabemos que as vezes o nadador mais rápido não vence porque eles não estavam mentalmente focados em sua tarefa.
Entretanto no final, técnica, condicionamento, atitude mental, flexibilidade e outros elementos do esporte vão nos levar a uma pergunta ... quanto veloz você tem que nadar?
O que é nadar veloz? Técnicamente é a velocidade que seus movimentos corporais atravessam a água.
Se pedirmos para uma criança pequena nadar rápido, ela irá atirar seus braços e suas pernas com muito esforço porem sem muita velocidade. Elas rangem os dentes, pegam o ar e batem suas mãos e pernas como se tivessem brigando com a água.
Há diferença entre esforço e velocidade.
Grandes nadadores dizem que quando eles experimentam a real velocidade, eles sentem um pouco de esforço.
Em outras ocasiões, nadadores dizem que se sentem pesados, lentos e preguiçosos, mostrando sua coragem e dizendo que deram 100%, porem com tempos lentos.
Qual a diferença entre esforço e velocidade?
Velocidade e ralaxamento parecem estar de uma maneira ligados. Parece estranho, mas muitos esportes onde a excelência é medida em termos de quão rápido um atleta pode se mover, o campeão sempre diz que os seus melhores desempenhos vieram quando se encontravam relaxados.
Carl Lewis foi um invencível atleta que compreendeu a velocidade mais do que qualquer um. Quando questionados sobre o sucesso de Lewis, seu treinador dizia, "o mais rápido que pode, o mais relaxado que puder".

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Treinamento de Bryan "PK" Karkoska para Cesar Cielo Fiho


Ótimo vídeos, excelente treinador e atleta expectacular. O mais interessante é a teoria que seus atletas tem que ser extremamente fortes (potentes) porem magros. Esse vídeo prova mais que tudo a existência de ótimos treinadores e professores aqui no Brasil. Desde jovem estudei o trabalho de força especifica em nadadores, infelizmente no caminho vemos coisas ruins, mas também encontramos coisas como essas. Então vamos mudar um pouco essa linha de pensamento que relaciona o tamanho do musculo da pessoa com a força, não necessariamente quem tem volume muscular é forte. Temos que lembrar quanto maior for o volume muscular de um nadador, maior será sua resistência dentro da água, então terá que fazer o dobro de esforço para percorrer a mesma distancia dentro da água. Um exemplo disso foi duas nadadoras brasileiras, Rebeca Gusmão x Flavia Delaroli. Como duas nadadores com volume muscular tão diferentes conseguiam estar ser tão semelhantes na performance dos 50m livre? Enquanto uma nadadora dedicava bastante tempo ao trabalho de força na musculação a outra concentrava mais os treinamentos para os treinamentos dentro da piscina.

Mais importante de tudo, é que devemos periodizar os treinamentos dentro e fora da água de forma correta, saber entender qual é a maior necessidade do atleta, conciliar treinamento físico e psicológico e sempre lembrar do principio da especificidade e individualidade de cada ser.



Treinamento Funcional

O treinamento funcional não é uma novidade, afinal a funcionalidade do ser humano já foi uma questão de sobrevivência. Seguindo a linha histórica, na mitologia grega é observada a importância de uma plena funcionalidade para sucesso de desafios propostos, como Os doze trabalhos de Hércules. Na Grécia Antiga encontramos os Jogos Olímpicos. Para melhoria da performance os atletas gregos desenvolveram equipamentos e métodos de treinamento específicos para superação de resultados. Esta prática, também foi aplicada na Roma Antiga, entre os gladiadores.

Na atualidade o treinamento funcional, mantém a sua essência como um método de treinamento físico, com a premissa básica de melhoria da aptidão física relacionada à saúde ou melhoria da aptidão física relacionada a performance e prevenção de lesão músculo-esquelético. Tem como característica realizar a convergência das habilidades biomotoras fundamentais do ser humano, para produção de movimentos mais eficientes. A vantagem deste método de treinamento é a de atender tanto o indivíduo mais condicionado como o menos condicionado, criando um ambiente dinâmico de treino.

Paul Chek desenvolveu um sistema de treinamento funcional focado nos movimentos fundamentais do homem primitivo e que são executados também no cotidiano do homem moderno, são eles os movimentos de: agachar, avançar, abaixar, puxar, empurrar, levantar e girar.

O treinamento funcional visa trabalhar as valências físicas de forma equilibrada, entre as valências físicas abordadas pelo método estão:

Equilíbrio; Força; Flexibilidade; Resistência; Coordenação; Velocidade.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O aumento da força especifica na Natação com a utilização de materiais resistivos

O aumento da força é fundamental para a melhora do desempenho de um nadador. Utilizando o principio da especificidade, o objetivo deste trabalho foi verificar qual a influência do treinamento com carga no desempenho de nadadores. A força é fator determinante para a superação da resistência da água durante o deslocamento e portanto, o estudo dos parâmetros da carga (volume, intensidade, densidade, duração, freqüência), são decisivos para evolução da metodologia do treinamento. Baseado no fato de que o desenvolvimento da força deve respeitar o princípio da especificidade, considerando a solicitação motora característica do desporto, os grupos musculares envolvidos, a velocidade da contração muscular, etc., se torna indispensável pesquisar a relação entre a preparação física especial realizada dentro da água e o grau de transferência para a força aplicada nas condições competitivas visando o aumento do desempenho através da utilização de implementos especiais adaptados ao meio líquido. Com isso, o nadador é induzido a desenvolver mais força muscular para suplantar a resistência adicional. Porém isso tem um sério problema, apesar dos materiais incentivarem os nadadores a executarem braçadas com maior força, isso também altera a mecânica dos movimentos de seus membros e a posição do corpo. Isso pode provocar braçadas lentas e curtas, pernadas mais profundas e tendem a alterar a técnica do nadador. Fatores biomecânicos que interferem sobre as forças resistivas e/ou propulsivas, influenciam mais no desempenho do que a própria capacidade de produção e liberação de energia para o deslocamento. No treinamento com materiais deve-se ter uma atenção especial, para que o nadador mantenha seus níveis de freqüência e distância das braçadas. O objetivo de um nadador competitivo é atingir e manter a maior velocidade média possível; por outro lado, a literatura considera que quanto maior a distância da braçada, melhor a técnica, no entanto, a freqüência de braçada pode reduzir significativamente ao se utilizar o nado. Os resultados mostram que os nadadores que treinam com pára-chute conseguem um aumento na distância da braçada quando comparados com os de nado normal sem carga. O uso de materiais promove o aumento de força e conseqüentemente um pequeno aumento morfológico e funcional dos músculos mobilizados pelo nadador, além de uma melhora na técnica de nado. Uma das explicações para o aumento da força é que os nadadores podem nadar em intensidades mais altas antes do aparecimento da acumulação do lactato, e assim, ter um aperfeiçoamento da capacidade anaeróbica alática e lática, além de suportar a dor durante um período maior de tempo. Porem deve se tomar alguns cuidados ao treinamento com esses materiais: 1) saber utilizar o material de forma correto, para não causar lesão no nadador, 2) não deixar que o material altere a mecânica dos movimentos de seus membros e a posição do corpo. Ao observar a perda da técnica o nadador deve ser interrompido para que isso não traga adaptações negativas, 3) deve-se respeitar o tempo de recuperação entre uma sessão de treino e outra.

CUBO D´ÁGUA É REINAUGURADO


Palco das medalhas de ouro de Michael Phelps e Cesar Cielo nas Olimpíadas de Pequim-2008, o Cubo d´Água virou o maior parque aquático da Ásia. A estrutura foi reformada, ganhou toboáguas e piscinas que simulam praias. O famoso design do teto, porém, não só foi mantido, como ganhou peças decorativas em forma de água-viva. O ingresso para adultos custa o equivalente a R$ 52. O preço está sendo considerado alto, já que o salário mínino no país é pouco mais de R$ 250.

Ácido lático não é inimigo do musculo, é combustível

Publicado em: 16 de maio de 2006

Qualquer pessoa que se exercite ja ouviu as advertências sobre o ácido láctico. Isso de acumular em seus músculos. Isso é o que faz seus músculos queimarem. O seu acúmulo é o que faz seus músculos cansarem e pararem.
Treinadores e Personal trainers dizem para atletas e praticantes de exercicios que eles têm de aprender a trabalhar somente a baixo de seu "limiar láctico," que o ponto de rendimentos decresce quando começa a acumular ácido láctico. Alguns atletas análisam o sangue para encontrar o seu limiar láctico.
Mas que, o que constata, está tudo errado. Ácido láctico é na verdade um combustível, e não um produto cáustico resíduos. Músculos fazem deliberadamente, produzindo-lo a partir da glicose, e eles queimam para obter energia. A razão de atletas treinados poderem suportar performance tão difícil e tão longo, é porque o treinamento intenso causa aos seus músculos adaptacao para que eles absorvam mais facilmente e de forma eficiente ácido láctico.
A noção de que o ácido láctico era ruim vem de mais de um século atrás, disse George A. Brooks, professor no departamento de biologia integrativa da Universidade da Califórnia, Berkeley. As pessoas ficam presas nessa linha de pensamento porque ela parecia fazer muito sentido.

"É um clássico dos erros cometidos na história da ciência", disse o Dr. Brooks.

A sua origem está em um estudo realizado por um Prêmio Nobel, Otto Meyerhof, que nos primeiros anos do século 20 cortou a perna de um sapo pela metade e pois em um jarro. Os músculos do sapo não tinha qualquer circulação - nenhuma fonte de oxigénio ou energéticas.
Dr. Myerhoff deu a perna da rã choques eléctricos para contrair os músculos, mas depois de alguns contracões, os músculos param de se mover. Depois, quando o Dr. Myerhoff examinou os músculos, ele descobriu que eles foram banhadas em ácido láctico.
A teoria nasceu. A falta de oxigénio aos músculos leva ao ácido láctico e a fadiga.
Os atletas foram informados de que devem gastar a maior parte do seu esforço em exercício aeróbios, utilizando glicose como fonte de energia. Se eles tentarem gastar demasiadamente seu tempo em exercício mais difícil, na zona anaeróbica, eles foram informados que iriam pagar um preço, que seria acumulado ácido láctico nos músculos, forçando-os a parar.
Poucos cientistas questionaram este ponto de vista, disse o Dr. Brooks. Porém, ele disse, que ficou interessante nos anos 1960, quando ele estava correndo no Queens College e o seu treinador disse-lhe que o seu desempenho era limitado por causa do acúmulo de ácido láctico.
Quando ele se graduou e começaram a trabalhar em um doutorado em fisiologia do exercício, ele decidiu estudar a hipótese do ácido láctico em sua dissertação.

"Eu dei ratos radioactivos ácido láctico, e eu achei que eles queimaram-la mais rapidamente do que qualquer outra coisa que eu poderia dar-lhes", disse o Dr. Brooks.

Olhou como se o ácido láctico fosse para lá por um motivo. Tratava-se de uma fonte de energia.
Dr. Brooks publicou as conclusões no final dos anos 70. Outros investigadores em encontros desafiaram ele e imprimiram.

"Eu tinha grandes lutas, eu tinha terríveis problemas para receber minhas bolsas financiadas, eu tinha meus documentos rejeitados", lembrou Dr. Brooks. Mas ele lutou, realizando mais elaborados estudos com ratos e, anos mais tarde, deslocando para seres humanos. Todo o tempo, com todos os estudos, os seus resultados foram consistindo com sua idéia radical.
Eventualmente, outros pesquisadores confirmaram o trabalho. E, gradualmente, entre o pensamento da fisiologia do exercício começou a mudar.

"As provas que tem continuado a montar", disse Bruce L. Gladden, um professor da área de saúde humana e desempenho em Auburn University. "Tornou-se claro que não é tão simples como se diz, ácido láctico é uma coisa má e que provoca cansaço."

No que diz respeito a ideia de que o ácido láctico provoca dor muscular, Dr. Gladden disse, que nunca fez sentido.

"Ácido láctico será deslocado a sua musculatura em uma hora de exercício", disse ele. "Você recebe uma ferida para três dias depois. O tempo de quadro não é coerente, e os mecanismos não foram encontrados."

O entendimento é que agora células musculares converter glicose ou glicogênio a ácido láctico. O ácido láctico é absorvido e utilizado como combustível em mitocôndrias, as fontes de energia em células musculares.
Mitocôndrias sequer têm um transporte especial de proteína para mover a substância dentro delas, Dr. Brooks. Intensa formação faz a diferença, disse ele, porque ele pode fazer o dobro da massa mitocondrial.
É evidente que a velha teoria de ácido láctico não pode explicar o que se passa com músculos, disse o Dr. Brooks e outros.
Ora, disse o Dr. Brooks, apesar de muitas vezes treinadores acreditarem no mito do limiar de ácido láctico, eles acabaram o treinamento de atletas em um melhor modo possível para aumentar a suas mitocôndrias.

"Treinadores tem compreendido coisas que os cientistas não fizeram", disse ele.

Através de tentativa e erro, treinadores aprenderam que melhoraram o desempenho do atletas quando se trabalha em endurance, correr distâncias mais longas, por exemplo.
O que se constata, aumentou a massa muscular de suas mitocôndrias, deixando que elas queimassem mais com o ácido láctico e permitindo que os músculos trabalha-se mais e durante mais tempo.
Pouco antes de uma corrida, treinadores muitas vezes dizem aos atletas para treinarem muito duro em breve arrancadas.
Isso aumenta a tensão extra mitocôndrias ainda mais, Dr. Brooks, disse, isso é a razão para um melhor desempenho.
E os cientistas?
Eles tiveram muito mais tempo para se dar conta disso.

Eles disseram, "Você está anaeróbicamente, você precisa de mais oxigênio", disse o Dr. Brooks.
"Os cientistas foram selados em 1920."

O que é nadar?

Nadar pressupõe o domínio das águas, símbolo da alma humana. Nadar com desenvoltura, em sonho, dominando o meio líquido com decisão e coragem, significa adquirir fortuna e o conhecimento para atingir grandes vitórias materiais: prestígio, elevação social e profissional. ...
Nadar acima de tudo é saber entender as limitações de cada ser ao ambiente agua.