segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Novos Recordes após Troféu José Finkel 2010

Recordes Sul-Americanos
1) Agustina de Giovanni (argentina) - Unisanta - 200m peito F - 2m26s24 - eliminatórias - 20/09/2010
2) Agustina de Giovanni (argentina) - Unisanta - 200m peito F - 2m26s17 - finais - 21/09/2010
3) Kristel Kobrich (chilena) - Corinthians - 1500m livre F - 15m51s44 - série fraca - 25/09/2010
Recordes Brasileiros e Sul-Americanos
1) 4x50m livre M - Flamengo (Thiago Sickert, Nicholas Santos, Cesar Cielo e Frederico Castro Veloso) - 1m26s52 - série fraca - 20/09/2010
2) 4x50m livre F - Pinheiros (Flavia Delaroli, Daiane Becker, Julyana Kury e Michelle Lenhardt) - 1m40s08 - série forte - 21/09/2010
3) 4x50m livre M - Pinheiros (Bruno Fratus, Fernando Silva, Marcelo Chierighini e André Daudt) - 1m25s86 - série forte - 21/09/2010
4) Cesar Cielo Filho - Flamengo - 46s13 - 100m livre M - semifinais - 24/09/2010
5) Gabriella Silva - Pinheiros - 25s90 - 50m borboleta F - eliminatórias - 24/09/2010
6) Cesar Cielo Filho - Flamengo - 45s87 - 100m livre M - finais - 25/09/2010
7) Gabriella Silva - Pinheiros - 25s72 - 50m borboleta F - semifinais - 25/09/2010
8) 4x100m livre F - Pinheiros (Daiane Becker, Michelle Lenhardt, Julyana Kury e Tatiana Lemos Barbosa) – 3m39s27 - série forte - 25/09/2010
Recorde Brasileiro
1) Poliana Okimoto - Corinthians - 8m27s77 - 800m livre F - séries fracas - 20/09/2010
2) Poliana Okimoto - Corinthians - 16m09s04 - 1500m livre F - séries fracas - 25/09/2010

Cielo quebra recorde novamente


Um dia após bater o recorde sul-americano dos 100m livre na semifinal do Troféu José Finkel, o nadador Cesar Cielo voltou a baixar a marca na decisão da prova neste sábado e conquistou a medalha de ouro após cravar o tempo de 45s87.
Soberano na piscina, Cielo não teve adversários na prova desde a primeira virada para marcar também o recorde da competição. Na semifinal desta sexta-feira, o campeão mundial havia marcado o tempo de 46s13.
A medalha de prata ficou com Nicolas Oliveira, com o tempo de 47s24, que garantiu assim a segunda vaga para o Mundial de Dubai. Nicholas Santos (47s35) faturou o bronze, além de uma vaga no revezamento que competirá nos Emirados Árabes Unidos.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

CAI RECORDE DE GUSTAVO BORGES


Cesar Cielo segue brilhando no Troféu José Finkel. O campeão mundial participou das eliminatórias dos 100 m livre nesta quinta-feira e registrou seu melhor tempo em competições de piscina curta ao obter a marca de 46s62, quebrando o recorde da competição que era de Gustavo Borges e durava 12 anos.
Marcelo Chierighini, do Pinheiros, foi o segundo mais rápido das eliminatórias com o tempo de 47s41. Já Nicolas Oliveira, recordista sul-americano da distância, ficou em terceiro com 47s82.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Cielo volta a melhorar tempo e fatura ouro com novo recorde pessoal nos 50 m


O brasileiro Cesar Cielo mais uma vez bateu seu recorde pessoal nos 50 m livre em piscina curta. Nesta quarta-feira, pelo Troféu José Finkel, realizado no parque aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro, ele conquistou a medalha de ouro na prova com o tempo de 20s80, que é também a melhor marca da temporada.
Cielo mostrou evolução desde a segunda-feira, quando nadou as eliminatórias dos 50 m livre. No primeiro dia, ele igualou os 21s44 de Fernando Scherer, recorde da competição que durava 12 anos. Na terça, na semifinal, ele cravou 21s00, ultrapassando a marca e ainda anotando o melhor tempo da temporada em piscina curta.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

ADAPTAÇÕES AO TREINAMENTO COM CARGAS RESISTIDAS DURANTE O NADO

As capacidades físicas mais importantes para o nadador são, a velocidade e a resistência para percorrer distâncias, por sua vez, estas estão ligadas ao desenvolvimento da força. O treinamento de força em nadadores à partir dos anos cinqüenta, tornou-se fundamental para a realização de melhores performances, fato este que permitiu a utilização de métodos de treinamento específicos e inespecíficos para o desenvolvimento desta capacidade física na esfera da natação.

A força de um modo geral é talvez o fator mais determinante relacionado à capacidade em questão e que tal afirmação se deve a realização de pesquisas que constataram a existência de uma relação significativa entre o aumento da força e um aumento subseqüente da velocidade em muitos esportes.
A evidencia que um nadador pode gerar força adequada para a produção de altas velocidades que subseqüente aumenta a velocidade que são limitadas pela condição de arrasto do nadador.
A resistência pode melhorar com o treinamento de força. Uma provável explicação para esse aumento foi o aumento da hipertrofia muscular e da força devido a alterações no metabolismo protéico. O treino de resistência com os treino de natação aumentaram a síntese protéica em nadadoras.
O treinamento aquático pode resultar em aumento da isometria máxima e do torque isocinético. Essas melhorar devem em conta a ativação neural e com o aumenta da massa muscular. De acordo com vários estudos, treinando que combinou ações excêntrico / concêntrico parece resultar em maiores ganhos em força e potência e em massa de músculo quando comparado ao treinamento concêntrico apenas.
Como o exercício físico intenso pode infligir danos mecânicos e físicos aos tecidos, o desenvolvimento de treinamentos e técnicas específicas que possam minimizar a ação dos radicais livres e, conseqüentemente, melhorar o desempenho do atleta, tem sido de grande interesse.
O treinamento de exercícios contra resistência faz com que ocorra aumento de força e hipertrofia muscular, e esta é semelhante em indivíduos de diferentes faixas etárias. A hipertrofia contribui em menos de 30% para os ganhos de força muscular, a maior contribuição é devido a fatores neurais.
De acordo com os estudos, os métodos de treinamento inespecíficos (fora d’água), não reproduzem a ação motora específica, por isso, não têm uma influência positiva na performance da natação. Já os métodos de treinamento aplicados de forma específica (dentro d’água), que tem por objetivo enfatizar a força especial do nadador, são mais úteis e podem ser usados com sucesso.
O ganho da força adquirida através do treinamento inespecífico também não se transferiu de forma positiva para a velocidade de nadadores colegiais, pelo fato de não ser respeitado o princípio da especificidade.
A melhoria da força é específica do tipo de treinamento utilizado, bem como da velocidade dos movimentos empregados nesse treinamento. Segundo ele para que os ganhos de força influenciem de forma significativa a performance, os exercícios devem ser similares à mecânica do estilo, assim como a velocidade e a freqüência de braçadas utilizadas na competição.
Os métodos de validação de força, devam também ser aplicados de forma específica, assim como os métodos de treinamento, respeitando-se a especificidade da atividade em questão.
Em termos percentuais, é importante observar que onde o crescimento da força é mais acentuado, o crescimento da velocidade também se comporta da mesma forma. Este fato talvez possa ser explicado, onde colocam que um aumento da força vem sempre acompanhado de um aumento da velocidade.
Os níveis de força apresentaram uma correlação significativa com a idade dos nadadores, ou seja, em idades mais avançadas verificou-se maiores valores de força. Os homens apresentaram valores maiores quanto à força e velocidade em relação às mulheres, independentemente da idade. A evolução dos níveis da força foi maior na categoria Júnior 1 (15-16 anos) tanto para homens quanto para mulheres. Com isso pode-se supor, que esta seja a faixa etária mais sensível a treinabilidade da força. Os homens foram mais coordenados quanto à mobilização de força em relação às mulheres, por isso conseguem um melhor aproveitamento da força total. Mas por outro lado observa-se que os mesmos também apresentaram deficiência nessa coordenação.
É inquestionável a importância do metabolismo anaeróbico para os velocistas porque suas velocidades não podem ser mantidas sem elevadas taxas de glicólise. Lembramos que o período no qual os atletas podem manter taxas elevadas de metabolismo anaeróbico fica limitado pela quantidade de lactato que pode acumular antes que ocorra a acidose, diz que a força é um indicador da performance e que as mulheres são mais capazes que os homens para manter uma velocidade alta durante maior tempo nas distâncias a serem percorridas.
Nadadoras podem suportar fadiga melhor que os homens. A explicação para isso é 1) que os homens tem menos características fisiológicas a suportar a fadiga, ou 2) as mulheres são mais eficientes na natação que os homens. A segunda opção é a melhor explicação. O estudo concluiu que as nadadoras são mais eficiente que os homens por causa da alta distribuição da gordura corporal na região do quadril e pernas que permitira as mulheres uma melhor alinhamento hidrodinâmico e assim um melhor gasto energético. A força física é uma quantidade natural em homens do que nas mulheres, e isso é um importante componente na ordem da geração adequada da força para nadadores velozes. É possível que mulheres tenham maiores melhoras que os homens por causa das melhoras na condição de aplicação da força. Também é possível que as melhoras na desenho nas roupas de natação tem impactado mais nas nadadoras do que nos nadadores.
O metabolismo anaeróbico desempenha três papéis na melhora da velocidade. Os três juntos, freqüentemente referem-se à capacidade anaeróbica. O primeiro diz respeito à velocidade de produção do lactato nos músculos. Quando a velocidade sofre um aumento em decorrência do treinamento, o ATP pode ser reciclado mais rapidamente pela glicólise, fazendo com que haja mais energia disponível para contração muscular. Como resultado final, os nadadores podem manter uma velocidade de tiro próxima do máximo durante vários segundos, mais depois que suas reservas de fosfato de creatina (CP) praticamente se exaurirem nos primeiros cinco a dez segundos de uma prova.
O segundo consiste em reduzir o efeito do acúmulo de lactato no pH muscular, de modo que os nadadores possam utilizar a energia derivada do metabolismo anaeróbico para nadar mais rápido e pôr um período mais prolongado antes que ocorra a acidose. Este processo é conhecido como tamponamento. Os tampões são substâncias químicas que convertem o lactato (um ácido forte) num ácido mais fraco que não reduz tanto o pH muscular. Isso faz com que o nadador possa reciclar mais ATP pôr meio de metabolismo anaeróbico antes que a acidose se torne severa.
O terceiro é o aumento da tolerância do atleta à dor. Essa função permite que o atleta persista em atingir seu limite fisiológico não refreando sua velocidade cedo de mais. As mesmas repetições podem ser utilizadas no treinamento da capacidade de tamponamento e de tolerância à dor. As distâncias das repetições devem, porém, ser ajustadas em certo grau para que se consiga uma melhora da taxa do metabolismo anaeróbico. Os três papéis do metabolismo anaeróbico estão relacionados a seguir:

1 – Aumentar a velocidade de produção de lactato;
2 – Melhorar a capacidade de tamponamento;
3 – Melhorar a tolerância à dor.

Os nadadores bem treinados podem nadar em intensidades mais altas antes do aparecimento da acumulação do lactato e quanto maior a intensidade do trabalho, melhor para o aperfeiçoamento da capacidade anaeróbica alática e lática. Tais fontes anaeróbicas láticas, constituem a forma principal do sistema energético nas distâncias de 100 e 200 metros e tem importante papel na distância de 400 metros.
A velocidade de remoção do lactato sanguíneo é dependente de muitos fatores, entre os quais: intensidade do exercício empregado antes e durante a recuperação; tipo de exercício realizado durante a recuperação; tipo de fibra muscular e método utilizado para a determinação do meio tempo (t ½) de remoção do lactato sanguíneo.
A atividade muscular intensa freqüentemente resulta na produção e acúmulo de lactato sanguíneo e hidrogênio (H+). Esses componentes podem comprometer o metabolismo energético e reduzir a força contrátil do músculo.
A utilização de exercícios de alta intensidade para aumentar a capacidade de tamponamento muscular, sendo a fosfocreatina a enzima mais importante que atua no tamponamento temporário para manter a concentração celular de ATP e a relação ATP: ADP, embora não se tenha acessado estudos científicos desenvolvidos especificamente para sustentar efetivamente essa afirmação. Mesmo assim, os melhores desempenhos em exercícios intensos estão associados a níveis mais altos de lactato sanguíneo, provando que o treinamento com exercício máximo e de curta duração aprimora a capacidade de gerar energia através do sistema glicolítico. Assim sendo, o acúmulo de lactato no sangue depende do equilíbrio entre a produção de lactato pelo músculo em atividade e a sua remoção pelo fígado ou por outros tecidos. Como a fadiga está associada a altos níveis de lactato no sangue e nos músculos.
O treinamento de tolerância ao lactato funciona principalmente pôr do aumento da capacidade de tamponamento nos músculos e no sangue e pela tolerância à dor causada pela acidose. Os tampões reagem com o lactato, enfraquecendo-o mediante a redução do número de íons hidrogênio que contém. Dessa forma, é diminuído o efeito do lactato no pH muscular. Em outras palavras, a quantidade de lactato que se acumula não produz o mesmo grau de acidose que normalmente ocorreria. Quando a capacidade de tamponamento melhora, os nadadores tornam-se capazes de manter pôr mais tempo uma velocidade rápida de produção de lactato, antes que um declínio do pH reduza essa velocidade, fazendo com que eles diminuam sua velocidade.
As repetições visando à tolerância ao lactato devem ser praticadas pelo atleta nadando com muita rapidez e ser suficientemente demoradas para que ocorra uma acidose severa. A acidose deve proporcionar um estímulo necessário para que sejam aumentados os tampões musculares e sangüíneos. Certamente, à dor associada à acidose também deve fornecer o estímulo necessário para a melhora da tolerância a essa dor.
Quase todo o excesso de lactato muscular gerado durante o metabolismo anaeróbio é tamponado no sangue pelo bicarbonato de sódio.
Sempre que a concentração de H+ começa a aumentar, seja pelo acúmulo de dióxido de carbono, ou de lactato sanguíneo, o íon bicarbonato pode tamponar o H+ para prevenir a acidose. Entende-se que a produção de lactato no músculo esquelético, medido na forma de concentração de lactato na corrente sangüínea, é causada pela insuficiência de oxigênio durante a contração muscular.
Em exercícios que exigem um recrutamento rápido das fibras musculares, como ocorre naqueles com predominância anaeróbia, a incapacidade em manter potenciais de ação em altas freqüências constitui um importante fator desencadeador da fadiga. A manutenção desse potencial depende da capacidade em recapturar os íons de potássio (K+) para dentro da célula e em expelir os íons de sódio (Na+), a fim de repolarizar a membrana sarcoplasmático e permitir a entrada de um novo impulso elétrico. Com uma redução na freqüência de despolarização da membrana, ocorre uma diminuição da ativação dos receptores sensíveis à voltagem (receptores dihidropiridínicos), com conseqüente redução da liberação de Ca2+ das cisternas do retículo sarcoplasmático. Essas alterações acabam prejudicando o processo de contração muscular.
Outro ponto bastante discutido refere-se ao envolvimento da hidrólise da fosfocreatina no processo de fadiga. Sucintamente, alguns segundos após o início do exercício, o ATP começa a ser ressintetizado a partir da hidrólise da CP, formando creatina + fosfato inorgânico (CP ’! Cr + Pi). Grande parte da ressíntese de ATP no início do exercício deve-se a esse processo, sendo constatada diminuição significativa da concentração muscular de CP em exercícios com duração entre 30 e 60 segundos, chegando a aproximar-se de 20% dos valores de repouso. Uma concentração relativamente baixa de PC induziria uma ressíntese de ATP menores e mais lentas, diminuindo inevitavelmente a intensidade do exercício realizado.
Alguns estudos, porém, sustentam apenas uma ligação indireta entre fadiga e a diminuição das concentrações de CP. O mecanismo mais provável parece estar relacionado com o acúmulo de ADP durante o processo de contração muscular, ocasionado indiretamente pela depleção de CP e conseqüente diminuição na velocidade de ressíntese de ATP. O aumento das concentrações deste nucleotídeo dificulta o “desprendimento” da cabeça da miosina dos sítios ativos da actina e, conseqüentemente, diminui a velocidade de contração. O aumento acentuado nas concentrações de H+ é devido, ao menos em parte, pela depleção de CP, visto sua importante ação como agente tamponante na reação: ADP + CP + H+  ATP + Cr.
Mecanismos fisiológicos alternativos são acionados a fim de evitar o acúmulo de ADP. Caso a velocidade de ressíntese de ATP seja inferior à demanda, duas moléculas de ADP podem auxiliar na reposição, a partir da seguinte reação: ADP + ADP ’! ATP + AMP. Posteriormente, AMP (adenosina monofosfato) pode sofrer deaminação e formar inosinamonofosfato (IMP) e amônia (NH3), sendo considerado o principal sistema para o catabolismo de adenina nucleotídeo no músculo esquelético. Esse mecanismo pode retardar o aumento de ADP por alguns segundos, prolongando o tempo de exercício.
Em condições de baixo pH, como nas encontradas em situações de fadiga, a forma diprotonada aumenta significativamente e apresenta forte associação com a diminuição da força muscular.
A maior parte do H+ gerado no exercício deriva da degradação do ATP (ADP + Pi + H+), e que a produção de lactato é capaz de retardar a fadiga, ao invés de induzi-la. Assim, o aumento do lactato previne o acúmulo de piruvato e libera NAD+ para dar continuidade a glicólise, mantendo a regeneração do ATP na mesma velocidade da degradação. A regeneração do ATP pela via glicolítica evita a liberação excessiva de H+. Dados de alguns trabalhos corroboram com esse modelo, principalmente porque alguns autores não observaram relação de causa e efeito entre aumento das concentrações de lactato e fadiga muscular.
Os níveis de lactato sangüíneo são um parâmetro do estado adaptativo ao exercício físico. Observamos valores elevados de lactato, mesmo após o término do exercício. A elevação ocorre porque o lactato irá se acumulando no sangue até que a taxa de metabolismo aeróbio e a velocidade de remoção do lactato sejam compatíveis com a demanda de energia.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

PORQUE A DOR APOS TREINO

Quem já não sentiu dor depois de fazer exercícios, principalmente quando se inicia uma atividade física? A dor é inevitável tanto para iniciantes como para atletas, mas o importante é saber até que ponto ela é considerada normal ou se está se tornando maléfica.
Se você é iniciante, se está sem praticar exercícios há muito tempo, qualquer atividade irá causar dores musculares no dia seguinte podendo se prolongar até mais dois dias. Isto porque o organismo precisa de um tempo para se adaptar a novos esforços.
No sistema muscular, irá ocorrer microrrupturas nos grupos musculares solicitados durante o exercício e acúmulo de ácido láctico, gerando no organismo um processo de defesa que leva a um processo inflamatório. Além da parte muscular, você também irá sentir novas adaptações em outros sistemas como o metabólico, o cardiovascular, etc.
Se você fizer o mesmo treino por um determinado período (em média de 2 a 3 meses) o seu organismo irá se adaptar a intensidade do exercício feito e esta dor irá desaparecer aos poucos.
Mas sempre que você fizer exercícios físicos ou atividades físicas diferentes ou aumentar a intensidade dos exercícios que já está fazendo ou ainda ficar um tempo sem fazer os exercícios e voltar aos mesmos proporcionando novos estímulos ao corpo, esta dor aparecerá.
Os treinos mais intensos darão maior probabilidade a que isto aconteça, por isso os atletas também aprendem a conviver com a dor e evitar lesões. Não é que seja preciso sentir dor para fazer exercícios, e que estes surtam efeito, aliás, se você sente dor durante o exercício é sinal de que está forçando além do que deve ou que já é hora de parar e diminuir o ritmo ou a intensidade do exercício.
Agora tudo depende do seu objetivo. Se você quer melhorar a sua performance, aumentar a massa muscular e melhorar o seu condicionamento cardiorespiratório deverá trabalhar com limites e treinos mais intensos podendo causar estas dores musculares nos dias seguintes ao exercício executado.
Se você treinou e sentiu dor no dia seguinte, procure treinar outros grupos musculares ou fazer atividades com menor intensidade para não piorar a situação. Por isso é muito importante fazer uma avaliação física antes de iniciar os exercícios e conhecer exatamente o seu nível de condicionamento, trabalhando de forma adequada com a intensidade certa que possa lhe proporcionar melhora no rendimento sem causar lesões, respeitando o seu limite.
Fazer compressas de gelo, que é um processo antiinflamatório, pode ajudar a diminuir a inflamação nos músculos. Faça pelo menos 2x por dia por 10 minutos.
Algumas pessoas precisam tomar um antiinflamatório, mas nestes casos é essencial que um médico faça a prescrição do melhor medicamento para você.
Não esqueça de fazer muito alongamento antes e depois dos exercícios, pois estes também ajudam a relaxar a musculatura depois do esforço.
Respeite o período de repouso não treinando o mesmo grupo muscular em dias seguidos ou alternando atividades intensas com atividades moderadas em dias seguidos.